sexta-feira, 18 de março de 2011

STF julga lei do piso nacional dos professores

STF julga lei do piso nacional dos professores
Agência Brasil

17 de março de 2011 às 9:03h

Por Amanda Cieglinski
Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira 17 o julgamento da lei que criou o piso nacional do magistério. Há dois anos, a Corte negou pedido de liminar a cinco governadores que questionaram a constitucionalidade da lei que determinou um piso de R$ 950 a professores da educação básica da rede pública com carga horária de 40 horas semanais. Falta agora o julgamento do mérito da matéria, aguardado com ansiedade pela categoria.
A suspensão da análise da matéria pelo STF criou um clima de “insegurança jurídica”, alega a secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli. Segundo a entidade, alguns prefeitos se valem do imbróglio para não pagar o piso, atualizado em 2011 para R$ 1.187,14. Não existe um levantamento oficial sobre as redes de ensino que cumprem a lei.
“Quando o prefeito ou o governador diz que não vai pagar porque a lei ainda não foi julgada constitucional, é muito difícil a gente fazer com que ele assuma o compromisso. Com certeza a conclusão da análise da lei será muito positiva”, afirma. Entretanto, Marta acredita que é “difícil” que o julgamento comece hoje, já que a ação é o 11° item da pauta do dia. O relator da matéria é o ministro Joaquim Barbosa.
A ação foi impetrada em 2008, mesmo ano de sua sanção, pelos governadores de Mato Grosso do Sul, do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e do Ceará. Além da constitucionalidade da norma, também foram questionados pontos específicos da lei como a regra de que um terço da carga horária do professor deverá ser reservada para atividades extraclasse como planejamento de aula e atualização. Esse dispositivo foi suspenso pelos ministros do Supremo à época e pode voltar a ser discutido hoje.
Outra divergência está no entendimento de piso como remuneração mínima. Para os professores, o valor estabelecido pela lei deveria ser entendido como vencimento básico: as gratificações e outros extras não poderiam ser incorporados na conta do piso. Mas os ministros definiram, ainda no julgamento da liminar, que o termo “piso” deve ser entendido como remuneração mínima a ser recebida. Esse entendimento também pode ser reavaliado durante o julgamento de mérito da ação.
Para Marta, será uma “frustração geral” caso o Supremo mantenha o entendimento de piso como remuneração mínima. “Incluir um monte de penduricalhos no contra-cheque é uma prática que se consolidou nas redes públicas estaduais e municipais. Mas precisamos de um plano de carreira com estrutura. Quando a gente diz que o piso é o vencimento básico significa que aquele deve ser o valor pago quando o profissional ingressa na rede. A partir disso você estabelece um plano para que ele tenha perspectiva de crescimento na carreira”, argumenta.

Agência Brasil

12 comentários:

  1. Em muitos estados do Brasil como o sistema educacional não funciona e os gestores públicos não têm como pressionar os trabalhadores das escolas, governantes recorrem aos Promotores de Educação para ameaçarem os professore, Mas como o Ministério Públicos não tem estrutura para fiscalizar a rede, Fica só a ameaça aos profissionais, o constrangimento e caso isolados de perseguição. Mas a questão é salarial. R$ 1.187,00 é salário de humilhação.

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  2. A gente respeita a Justiça por que há no país um estado de direito constituído, mas a maioria das pessoas não acredita nela. Juiz, Desembargador, Ministro de Tribunal, Técnicos Judiciários, Serventuários de Justiça ganham os tubos. Professor R$ 950,00.

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  3. Depois ficam reclamando que educação vai mal, que professor não tem compromisso. Dar pra uma pessoa comprar livros e jornais, ou pagar um provedor de internet ganhando esse piso miserável?

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Discutir salário de R$ 1.187,14 pra professor é piada. É uma agressão, é uma ofensa.
    Agora, um aumento mostruoso de 62% que o congresso se deu não precisou de julgamento.

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  6. Os Governantes deveriam ter vergonha: FHC e Lula passaram dezesseis anos e a situação da educação continua a mesma. O que existe é muita propaganda de números enganosos.

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  7. Como pode, Meu Deus? trata-se apenas uma decisão tão simples honrar um professor e tratá-lo com dignidade. O professor forma Médico, forma policial, forma engenheiro, forma presidente e cidadão, mas agem como se fosse um julgamento de um assassino, um condenado,como se fosse algo totalmente espantoso.
    A insensibilidade dos que ganham super salários não tem a dimensão de quanto ganha um professor. vejamos o exemplo do Estado do Ceará: Um professor temporário(“descartável para a Sec. de Educ.”) ganha por hora aula R$6,00(seis reais) PENSE!!! COM UM CONTRATO VÁLIDO APENAS POR 11 MESES. É PRECISO QUE OS SINDICATOS SE UNAM E MOSTRE PARA OS QUE ESTÃO JULGANDO OS PROFESSORES UM CONTRA-CHEQUE DE UM PROFESSOR TEMPORÁRIO AQUI DO CEARÁ.

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  8. De salário, magistrado entende, e como! Valorizar os salários dos outros é um perigo para os salários do Judiciário. Eles têm que economizar ali para encher o bolso aqui. Agora, 950 para professor com caneta e 3.000 para policial com arma mostra que os projetos não são de base para salário, são a base da violência do nosso Estado. Os professores fingem que ensinam, os policiais, que protegem e os juízes que trabalham.

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  9. 17 de março de 2011 às 11:28
    PARA OS PRIVILEGIADOS DOS TRES PODERES APROVA-SE AUMENTO SEM DIFICULDADE NENHUMA. TODOS LEMBRAM DOS 62% QUE O CONGRESSO APROVOU PARA SI MESMO. AGORA, PARA VALORIZAR OS PROFESSORES DESSE PAIS COM UMA “MERRECA” A MAIS É PRECISO QUE O JUDICIARIO OBRIGUE. SE É QUE VAI OBRIGAR!
    ISSO SÓ PROVA COMO OS NOSSOS “POLITIQUEIROS” VÊEM A EDUCAÇÃO! COMO ALGO SEM IMPORTANCIA.CONTINUEM ASSIM, SENHORES “POLITIQUEIROS” E CONDENEM O BRASIL AO ATRASO ETERNO! MAS, NADA DISSO IMPORTA, AFINAL, OS SEUS BOLSOS ESTÃO CHEIOS, OU SERÁ MELHOR DIZER, AS CUECAS!
    POVO BRASILEIRO, TÁ NA HORA DE APRENDER A VOTAR! COMO FAZ FALTA UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE!

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  10. porque os politicos desse país não trocam de salário com os professores por apenas um mês
    para ver como esse salário rende na marra.

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  11. O povo com cada vez menos cultura é tudo que esses políticos sem caráter precisam para se perpetuarem no poder. Ponto pra eles!

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  12. Eu gostaria de ver esses políticos, além de receber o que recebemos, trabalhar o tanto que trabalhamos.

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